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sábado, 7 de fevereiro de 2015

O nome civil do transexual: uma análise a partir da realidade jurídica pátria

Priscilla Lemos Queiroz Cappelletti
Âmbito Jurídico


Resumo: O Direito Civil brasileiro, durante muitos anos, teve como sua principal preocupação a proteção do interesse patrimonialista dos indivíduos. Hodiernamente, contudo, essa perspectiva está ultrapassada, já que, a partir da Constituição Federal de 1988, a dignidade da pessoa humana se materializa como valor axiológico a fundamentar e orientar todas as normas jurídicas pátrias. Nesse contexto, há uma consolidação dos direitos da personalidade, voltados à promoção existencial do ser nas relações privadas e, por isso, caracterizados como inatos, essenciais, gerais, absolutos, inexpropriáveis, vitalícios, imprescritíveis. Dentre eles, encontra-se o direito ao nome, que permite a individualização e a identificação da pessoa no meio social. Diante disso, o presente trabalho tem como escopo analisar a problemática do nome civil do transexual na contemporaneidade, uma vez que sua mutabilidade não encontra respaldo na legislação pátria. Para tanto, utiliza-se de uma pesquisa descritiva, de observação indireta e baseada no método hipotético-dedutivo.



terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Do reconhecimento dos direitos dos transexuais como um dos direitos da personalidade

Valéria Silva Galdino Cardin; Fernanda Moreira Benvenuto
Revista Jurídica Cesumar - Mestrado, v. 13, n. 1, p. 113-130, jan./jun. 2013


Resumo: Nesta pesquisa analisa-se a transexualidade, que consiste em uma disforia de gênero. O transexual é caracterizado pelo desejo de readequar o seu sexo anatômico em conformidade com o seu sexo psicossocial. Os princípios da dignidade da pessoa humana, da autonomia da vontade, da igualdade e da liberdade é que fundamentam o livre exercício da identidade de gênero do indivíduo transexual que não se enquadra no padrão social heteronormativo e a readequação sexual deste, garantindo seu reconhecimento e sua inclusão na sociedade como meio de efetivação dos direitos e garantias individuais. Desta forma, os direitos da personalidade do transexual são infringidos quando da negativa da readequação sexual e da mudança do nome e da identidade sexual no registro civil. Conclui-se que a efetivação dos direitos da personalidade dos transexuais só ocorrerá quando houver uma regulamentação que venha tutelar as consequências da readequação sexual deles, permitindo, assim, um tratamento igualitário, vedando quaisquer
formas de discriminação e vitimização e um reconhecimento pelas instituições sociais.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

O transexual e os reflexos jurídicos da cirurgia de redesignação do sexo

Alana Rissinger
Beatris Francisca Chemin
Revista Destaques Acadêmicos
vol. 5, n. 2, 2-13 - CCHJ/UNIVATES

Resumo: A cirurgia de redesignação sexual é uma realidade cada vez mais comum no Brasil, inclusive já constando como procedimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Assim, este artigo versa sobre os reflexos que a cirurgia de mudança de sexo provoca no campo jurídico, especialmente no que diz respeito à retificação do Registro Civil do transexual, à possibilidade de casamento e aos reflexos relacionados à filiação. Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada por meio de método dedutivo e de procedimento técnico-bibliográfico e documental. Dessa forma, as reflexões partem de estudo sobre os elementos formadores do sexo e identifica as diferentes formas de manifestações sexuais. Depois, examina os reflexos jurídicos da cirurgia de redesignação sexual, no que diz respeito ao Registro Civil, ao casamento e à filiação. Nesse sentido, entende que a cirurgia de mudança de sexo deve ser compreendida como forma de solução do conflito transexual e as suas repercussões jurídicas, interpretadas conforme os princípios constitucionais e os direitos de personalidade. Dessa forma, o transexual operado deve ter direito à alteração de seu Registro Civil – com a retificação de seu nome e sexo – ao casamento e à constituição de família, inclusive com filhos, se o assunto for discutido sob ótica livre de preconceitos e baseado nos princípios fundamentais que regem a Constituição Federal.



quarta-feira, 26 de março de 2014

Personalidades nuas: um estudo sobre a nudez feminista

Nayara Matos Coelho Barreto
Universidade Federal Fluminense UFF Niterói/RJ
XXXIV congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
Recife, PE – 2 a 6 de setembro de 2011

Resumo: O presente artigo pretende investigar a configuração atual das representações do corpo feminino na mídia, examinando os usos deste corpo nu e a influência do ideal da arte feminista e suas transformações nas ultimas décadas. Nos anos 1960, o movimento feminista buscava ampliar as liberdades de gênero e reconfigurar o lugar da mulher na sociedade. Desde então a mídia de massa é uma das esferas que contribuiu para a configuração de novas amarras para a mulher contemporânea. Por isso, este artigo questiona de que modo a exibição do corpo nu poderia operar politicamente num sentido capaz de resistir à moral vigente, num contexto de constante espetacularização dos corpos, especialmente o da mulher. Para problematizar isso, apresento um breve percurso histórico sobre a arte feminista e sobre sua influencia nas novas práticas de exposição corporal, tais como o Teatro Burlesco, reconfigurado no final do século XX, e o site norte-americano Suicide Girls.com.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

No Brasil, 5,5 milhões de crianças não têm pai no registro

Fernanda Bassette
10 de agosto de 2013

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no Censo Escolar de 2011, apontam que há 5,5 milhões de crianças brasileiras sem o nome do pai na certidão de nascimento.

O Estado do Rio lidera o ranking, com 677.676 crianças sem filiação completa, seguido por São Paulo, com 663.375 crianças com pai desconhecido. O Estado com menos problemas é Roraima, com 19.203 crianças que só têm o nome da mãe no registro de nascimento.

"É um número assustador, um indício de irresponsabilidade social. Em São Paulo, quase 700 mil crianças não terem o nome do pai na certidão é um absurdo", diz Álvaro Villaça Azevedo, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Faculdade de Direito da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

Segundo o professor, ter o nome do pai na certidão de nascimento é um direito à personalidade e à identidade de toda criança. "Além disso, é uma questão legal para que essa pessoa possa ter direito a receber herança, por exemplo", afirma.

Para o juiz Ricardo Pereira Júnior, titular da 12.ª Vara de Família de São Paulo, ter tanta criança sem registro paterno é preocupante. "Isso significa que haverá a necessidade de regularizar essa situação mais para a frente. Uma criança sem pai pode sofrer constrangimentos, além de estar em uma situação de maior vulnerabilidade, pois não tem a figura paterna."

Nelson Susumu, presidente da Comissão de Direito de Família da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), também considera o número preocupante, e ressalta que há ações para diminui-lo. "O programa Pai Presente do CNJ foi criado para tentar reduzir esse número."


Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,no-brasil-55-milhoes-de-criancas-nao-tem-pai-no-registro,1062741,0.htm. Acesso em 11 ago 2013.

sábado, 22 de setembro de 2012

Caros Amigos é premiada por reportagem sobre mudança de sexo

Caros Amigos
03 Setembro 2012 


A reportagem "Mudança de Sexo: Estrangeiros do próprio corpo", da jornalista Paula Salati, publicada na edição 185, que está nas bancas, rendeu à revista Caros Amigos o prêmio Dr. Eduardo Barbosa desse ano. O prêmio é concedido pelo Grupo Gay de Camaçari (GGC), Bahia, como reconhecimento ao trabalho de pessoas e entidades, públicas ou privadas, no combate à homofobia.

A Caros Amigos foi premiada na categoria Instituições e Órgãos Públicos, junto com outras 12 instituições, como a Agência de Notícias da Aids, programas governamentais e empresas.
A reportagem entrevista transexuais sobre os percalços para a cirurgia de mudança de sexo e os procedimentos exigidos no Sistema Único de Saúde (SUS).

O prêmio será entregue dia 29 desse mês de setembro, 20h, no teatro da Cidade do Saber.
Confira abaixo a relação completa dos premiados da edição 2012.

Categoria Personalidades

FRANCISCO JUNIOR, artista de Camaçari criador da personagem feminina Melanie Dossio vencedora do XVIII Concurso Miss Brasil Gay Versão Norte e Nordeste em 2011 realizado em Salvador;

LILIA ROSSI – Pela sua atuação frente aos movimentos social brasileiro e pela sua dedicação na luta contra AIDS da população LGBT;

FABIO RIBEIRO, Ativista Baiano, fundador e atual presidente do GLICH em Feira de Santana e autor do Trabalho de conclusão do Curso de Serviço Social “ Um retrato da Homofobia social em Feira Em Santana”;

LÍDICE DA MATA , senadora da República, por sua atuação no Senado Federal em defesa da cidadania dos LGBT da Bahia e do Brasil;

ADRIANA TEIXEIRA, médica diretora do Hospital Clementino Fraga de João Pessoa na Paraíba. Reconhecimento do seu trabalho na humanização do atendimento ás pessoas com HIV/Aids – Hepatites Virais e co-infecções especialmente a Tuberculose, com atendimento domiciliar para adesão ao tratamento;

JOSÉ AUGUSTO VASCONCELOS, empresário da boate As Sebastian de Salvador por seu empreendedorismo na cena LGBT da Bahia;

CARLOS BRITES, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) médico infectologista Hospital Universitário Edgard Santos (HUPES – UDAI), por suas pesquisas em infectologia e dedicação aos pacientes HIV+;

PATRÍCIA FRANÇA, jornalista do jornal, repórter da editoria de política do jornal A Tarde pela reportagem sobre a participação dos LGBT nas eleições municipais de 2012;

WAGNER ALMEIDA, cineasta carioca diretor e roteirista do vídeo documentário “Janaina Dutra” Uma Dama de Ferro, ativista trans do Grupo de Resistência Asa Branca (GRAB-CE);

ARANI SANTANA, diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias da Bahia Secretaria de Cultura da Bahia “Ação de promoção da diversidade cultural LGBT como política de Governo”;

MARIA TEREZA, delegada de Polícia Civil titular da Delegada de Homicídio de Camaçari pela atuação enérgica na apuração e encaminhamento de crimes de ódio e de conotação homofobica;

LUIZA MAIA, deputada Estadual do Partido dos Trabalhadores na Assembléia Legislativa da Bahia (PT-BA), pelo projeto de Lei que estende o caráter de Utilidade Pública Estadual ao Grupo Gay da Bahia (GGB) e por sua atuação determinada na defesa das mulheres e dos LGBT no Estado;

MOYSES TONIOLO, ativista da RNP+ Nordeste por sua atuação junto ao Fórum Baiano de ONGs/Aids, dedicação e presença no movimento Aids na Bahia;

JULIAN RODRIGUES, ativista LGBT de São Paulo, idealizador da Frente Parlamentar LGBT, membro da Comissão Organizadora da I Conferencia LGBT, atual membro do Conselho Nacional LGBT, articulista de vários sites, membro do grupo CORSA, consultor da ABGLT, especialista em políticas públicas, fundador da Aliança Paulista LGBT;

JOAO FIGUER, ator e diretor pela direção do espetáculo teatral “Sou transformista, mereço respeito” contribuindo para a valorização da profissão de ator transformista.

Categoria Instituições e Órgãos Públicos

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI – Prefeito Luiz Carlos Caetano, Por institui o decreto 521/2012 de inclusão e uso do nome social de pessoas travestis e transexuais nos registros municipais relativos a serviços públicos prestados no âmbito da Administração Direta e Indireta, conforme específica;

REDE BAHIA/ Rede Bahia Revista, pela reportagem abordando a família LGBT na Bahia, histórias de pais que parecem terem saído de novela;

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 5ª Região/l Bahia, Pela Resolução que garante uso de nome social para assistentes sociais travestis e transexuais. A Normativa é um marco na defesa dos direitos humanos;

BAHIA GÁS Nº 001/12, que veda expressamente, Proponentes e ou empregadores que pratiquem atos que importem em infringência à legislação que trata do combate à discriminação de raça,gênero, direção/orientação sexual e religião, ao trabalho infantil e ao trabalho escravo;

PROGRAMA ESTADUAL DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS DE SÃO PAULO, Dra Maria Clara Giana, por sua constante atuação na defesa de direitos humanos e no oferecimento de serviços as PVHA como referencia para todo o Estado e Brasil – especialmente pela criação do Ambulatório Trans que atende para alem do HIV outras demandas relacionadas à Saúde Integral da População de Travestis e Transexuais;

SECRETARIA ESTADUAL DE JUSTIÇA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS DA BAHIA, instituição do Conselho Estadual LGBT, contratação de transexuais para equipe técnica, Paulette Furação coordenadora LGBT, visitas aos presídios visitando a população LGBT carcerária;

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMAÇARI, pelo Serviço de Atenção Especializada as pessoas que vivem com HIV no município, trata mento e assistência e acesso aos medicamentos de tratamento as doenças relacionadas ao HIV;

MINISTÉRIO DA SAÚDE, através do Departamento Nacional de DST/HIV/Aids e hepatites virais pela retomada das ações de base no combate ao HIV, projetos de rede, direitos humanos e ações de mobilização por ocasião das Paradas LGBT;

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS “Divulgação virtual de conteúdos voltados ao impacto do HIV e Aids NO Brasil” , artigos, matérias e reportagens especiais ouvindo a militância do movimento de HIV e LGBT de todo o Brasil;

REVISTA CAROS AMIGOS, Pela reportagem especial sobre a mudança de sexo, os procedimentos necessários para conseguir fazer a cirurgia transgenitalizadora e por levanta a questão do absurdo diagnóstico de transexualismo ou transtorno de identidade de gênero(como chamado por alguns psiquiatras);

REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV E AIDS Avanço em estratégias regionais de fortalecimento de jovens e adolescentes vivendo com HIV e Aids colaborando para o protagonismo de atores locais e promovendo a articulação com gestores estaduais e municipais;

EPAH – Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada de São Paulo , pelo projeto “Quero Fazer” estratégia de testagem rápida para o HIV que busca o diagnostico precoce junto as populações de gays, HSH e travestis em locais de suas freqüências e unindo esforços entre sociedade civil e gestores .Hoje presente em 4 capitais e que serve de referencia para outras atividades correlatas;

UNIVERSIDADE DE MINAS GERAIS, através do NUH promoveu intenso trabalho de pesquisa e apoio a instituições regionais no combate aos estigmas e preconceitos relacionados a epidemia de Aids;

Disponível em <http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/cotidiano/2453-caros-amigos-e-premiada-por-reportagem-sobre-mudanca-de-sexo>. Acesso em 03 set 2012.

sábado, 23 de junho de 2012

Música de Tiririca faz garoto mudar seu nome

Rogério Barbosa
24abril2012

Um jovem de 17 anos poderá retirar de seu nome a palavra Florentino pela semelhança com a música Florentina, do humorista e deputado Tiririca. De acordo com o relator do processo que concedeu o direito ao jovem, desembargador João Pazine Neto, da 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, “é fato notório e público que o nome ‘Florentino’ faz parte do repertório de uma música do humorista ‘Tiririca’, música esta de caráter cômico, destinada à zombaria e gracejo que em nada dignifica o sobrenome mencionado".

Ele procurou a Justiça para ver retirado de seu nome a palavra que foi herdada de sua avó materna. De acordo com o processo, a psicóloga da escola em que o jovem estuda identificou caso de bullying, já que os colegas dele fazem gozações por causa da semelhança de sue nome com a música.

Para o relator do pedido, o fato de Tiririca ter ganhado mais visibilidade na mídia, após ter sido eleito deputado federal, prejudica ainda mais a situação do garoto, caso o seu nome seja mantido. “ O humorista está mais popular do que nunca, pois como também é público e notório, candidatou-se ao cargo de deputado federal fazendo uma campanha também à moda de zombaria e foi o mais votado dos parlamentares. Ora, evidente, que tudo isso só faz aumentar o gracejo cruel dos jovens em época”.

Para o desembargador, o fato do garoto estar na adolescência e em fase escolar agrava o quadro, pois “a zombaria pode causar graves danos à sua personalidade, devendo, portanto, ser reprimido qualquer fato que possa potencializar a zombaria da escola a lhe causar constrangimentos”.

Concluiu Pazine Neto que “as conseqüências para as vítimas desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica na auto-estima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio”. 


Disponível em <http://www.conjur.com.br/2012-abr-24/garoto-mudar-nome-causa-musica-florentina-tiririca>. Acesso em 22 jun 2012.

sábado, 12 de maio de 2012

Como descobrir se ele ou ela é homossexual?

Thaís Cordon  
15 de abril de 2012 - 06h30

O namoro não anda lá essas coisas e o parceiro (a) parece não demonstrar mais o mesmo interesse no sexo... Isso pode ser um sinal de que ele (a) esteja em dúvida sobre a própria opção sexual – seja por uma aventura bissexual ou até mesmo de repetir uma experiência homossexual do passado.

Mas será que existe alguma forma de perceber se ele ou ela é gay? De acordo com a psicóloga e especialista em sexualidade humana Carla Cecarello, os sinais nem sempre são claros. "Às vezes são meses de relacionamento para que se perceba ou para que a pessoa conte que ela é homossexual", explica.

Carla afirma que o beijo de um homossexual que se relaciona com um heterossexual não tem o mesmo calor e a mesma “ardência”'. A especialista diz que os beijos costumam ser "chochos" apenas para constar que ainda “gosta da pessoa”, que faz parte do "padrão da sociedade".

A psicóloga ainda conta que o casal – um heterossexual e outro que está “indeciso” ou é homossexual – passa muito mais a se comportar como bons amigos ou irmãos. "Normalmente, eles se dão muito bem fora da cama, são ótimos companheiros, porém, sem aquela história de pegar na mão, andar abraçadinhos, entre outros quesitos de um casal apaixonado e com a mesma química." Carla ainda ressalta que nessa situação, geralmente, o sexo é ruim e precário, por isso a relação fora da cama acaba sendo mais aprimorada.

Você desconfia...

Para uma pessoa heterossexual, existe uma demora grande em acreditar que o parceiro seja gay. "Ela fica pensando na probabilidade de uma pessoa homossexual estar dividindo a cama com ela e como explicar para a família e amigos”, afirma a psicóloga. Além disso, segundo Carla, o “hétero” pensa em como enfrentar a decepção de não ter percebido antes e ter feito a escolha errada. Por conta disso, muitos casais demoram anos para se separar definitivamente.

Será que ele é?

Carla conta que o homossexual dificilmente está disponível para o sexo. A especialista diz ainda que há sempre uma desculpa, um desinteresse excessivo e constante.

Ainda de acordo com Carla, no caso dos homens, eles acabam com dificuldade até de ficar excitado. "As ereções geralmente ocorrem nesse caso quando eles acabam fantasiando sexualmente durante a transa com outro homem", revela.

Além disso, a especialista afirma que propostas para práticas diferentes no sexo não existem.

Dicas dos gays

Segundo a relações públicas Daniela Sanches (nome fictício), de 31 anos, a tática infalível para descobrir se uma mulher é gay é jogar o charme. Se ela entra no clima, pronto. "Se você jogar um olhar fulminante, um bom papo e a pessoa retribuir, começou o jogo", conta.

De acordo com Daniela, uma 'hétero', por mais educada que seja, irá arranjar uma forma de cortar “o clima” ali mesmo. "Se ela for curiosa ou lésbica 'enrustida', certamente vai prolongar o papo. Ela vai te dar a entrada, vai se sentir lisonjeada (mesmo que não haja química com você).”

Daniela ainda conta que no meio gay um reconhece o outro. "Quase sempre o ‘radar’ funciona. Eu bato o olho e sei o que a pessoa é. Também pelo modo de olhar, se expressar e algumas vezes pelo estilo. Você percebe na reação dela. Se ela sorrir então, bingo!".

Questionada se a pessoa já nasce gay, Daniela afirma que apenas com o passar do tempo foi formando sua identidade, vivendo experiências e constituindo a personalidade.

"Alguns se 'descobrem' cedo porque se permitem viver experiências, se conhecer melhor e tem uma estrutura familiar adequada”, conta Daniela. “Outros demoram muito mais porque estão mais fechados e não se conhecem o suficiente. Tem medo de enfrentar os olhares de reprovação, por isso o apoio da família nestas horas é importante e determinante", finaliza.

A fotógrafa Thamy Teixeira (nome fictício), de 22 anos, diz que as chances das mulheres sentirem vontade de ficarem umas com as outras é enorme, pois, segundo ela, o público feminino é parecido e as mulheres estão geralmente envolvidas emocionalmente. "Esses fatores aumentam a oportunidade de termos intimidade, traição e sentimentos românticos."

Thamy diz que todos nascem bissexuais. "A sociedade direciona uma opção sexual para o lado heterossexual e retrai a pessoa quase a vida dela inteira, alienando ser heterossexual, pois homossexualidade não esta escrito da bíblia de uma maneira positiva. Muitas pessoas não aguentam essa pressão."

Truques para descobrir se ela é homossexual*:

1 – Mulher que se diz cabeça aberta e que não tem preconceito algum

2 – Mulher que usa com frequência anel no dedão

3 – Mulher que gosta de andar frequentemente com as mãos do bolso, principalmente usando calça jeans

4 – Pergunte para uma mulher que se diz hétero se ela não teria problema em beijar algumas mulheres famosas. Se ela responder, é porque tem desejos

5 – Mulheres que sempre falam ter nojo de outras mulheres abertamente –elas podem ter um desejo oculto dentro

Truques para descobrir se ele é homossexual*:

1 – Homem que tem amigo e frequenta balada GLS

2 – Homem que entende de signo

3 – Homem que tem mania de gostar muito do próprio corpo e dizer que é gostoso, sarado, entre outros elogios

4 – Quando o homem é muito homofóbico, também é um sinal

5 – Se usa cueca Calvin Klein é um indício. Gays adoram marcas

6 – Gosto musical um pouco diferente

7 – O modo que ele trata homens e mulheres na frente dos outros

8 – Homem que mexe muito no cabelo


* informações sugeridas por mulheres homossexuais



Disponível em <http://www.band.com.br/viva-bem/comportamento/noticia/?id=100000497228>. Acesso em 05 mai 2012.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Homem ou mulher? Os dois! Nova condição psicológica de gênero deixa os cientistas perplexos

Osmairo Valverde 
21 de abril de 2012 14:49 

Cientistas afirmam ter descoberto um novo gênero entre os seres humanos, não se encaixando nem em masculino, tão pouco feminino.

Essas pessoas conseguem sentir “genitálias fantasmas”, sentindo como se fossem do sexo oposto. Um grupo de pessoas com a Incongruência de Gênero Alternado, também chamado de AGI, declarou que podem mudar involuntariamente de masculino para feminino e vice-versa instantaneamente.

“A maioria dos indivíduos com essa característica experimenta sensações de seios fantasmas e até mesmo a própria genitália contrária ao biológico. Eles simplesmente vagam de um gênero para outro”, comentou o neurocientista professor Vilayanur Ramachandran, diretor do Center of Brain and Cognition  da Universidade da Califórnia.

O estudo entrevistou 32 pessoas que sofrem do problema. Um dos afetados pelo comportamento incomum, que não teve seu nome relevado por questões éticas, comentou: “Se eu estou no modo masculino e vejo alguém chorando, eu vou pensar mais como se não estivesse ligando muito. Se estou no modo feminino e vejo alguém chorando, logo fico pensando com doçura”, de acordo com entrevista no portal The Huffington Post.

Outro paciente comentou: “Eu às vezes acordo e penso que tenho pênis e não possuo seios. Eu geralmente não saio da cama porque sei que é meu cérebro me pregando uma peça, então deito e choro”.

Dos pacientes estudados, cerca de 80% possui a transformação de gênero uma ou mais vezes por dia. Os autores do estudo comentaram que entre os extremos homem e mulher existem espectros mal compreendidos e mal estudados, sendo algo muito importante da identidade humana, desafiando as classificações tradicionais.

De acordo com o professor Ramachandran, os cientistas precisam descartar a possibilidade deste comportamento ser uma variante do transtorno dissociativo de identidade, também chamado de transtorno de personalidade múltipla.

Os pesquisadores também descobriram que pessoas com este comportamento tendem a bipolaridade e conseguem serem ótimos ambidestros. Os cientistas estão pesquisando para entender se o fenômeno está relacionado com a queda ou aumento dos níveis de hormônios como a testosterona.

Pesquisadores estão tentando reconhecer o comportamento como uma nova categoria de transexuais ou uma nova condição neuropsiquiátrica, mas dizem serem necessárias mais pesquisas, pois é um fato extremamente novo.

O Dr. Ramachandran é conhecido em todo o mundo por estudar condições bizarras da mente humana. Ele explorou, anteriormente, a sinestesia, uma condição estranha em que os sentidos humanos se misturam: algumas pessoas podem saborear palavras, ouvir cores e sentir sons. O problema afeta milhões de pessoas.

Disponível em <http://www.jornalciencia.com/saude/mente/1631-homem-ou-mulher-os-dois-nova-condicao-de-genero-deixa-os-cientistas-perplexos>. Acesso em 05 mai 2012.